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Crítica | Drama psicológico e perturbador, “Coringa” é diferenciado em gênero de super-heróis
Chega aos cinemas, nesta quinta-feira (03), o filme Coringa, que mostra a origem de um dos maiores vilões da cultura pop.
Dirigido por Todd Phillips, da trilogia Se Beber Não Case, a trama mostra o desenvolvimento da insanidade de Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), comediante frustrado conhecido como o palhaço menos engraçado de seu trabalho, até se tornar o Coringa.
Entre acertos e alguns erros, o filme eleva o patamar do gênero de “super-heróis”, se diferenciando de narrativas repletas de ação e efeitos especiais, e se aproximando de um lado muito mais artístico, até pelo andamento da narrativa, muito mais lento do que de costume.
Sombrio, violento e perturbador, Coringa é intenso e atinge muito bem o objetivo de, justamente, retratar a insanidade de forma insana. É uma produção que precisa de tempo para ser digerida, mas que, de forma alguma, serve de premissa para incitar violência ou ser taxada de “perigosa”. Afinal, assim como o personagem, que teve sua primeira aparição há quase 80 anos, o filme é de ficção.
Além de toda a ambientação propícia e muito bem construída para retratar o Coringa, inclusive com a marcante That’s Life, na voz de Frank Sinatra, o grande ponto alto do longa é a interpretação de Joaquin Phoenix. O ator conseguiu não apenas retratar a insanidade do personagem de forma psicológica, mas também física, com sua magreza excessiva e movimentos corporais que, de forma artística, retratam a solidão do vilão.
A maior decepção do filme, porém, é justamente o link que ele faz com a família Wayne. Um Bruce ainda criança aparece no longa, e a grande diferença de idade entre ele e Fleck, já em um primeiro momento, chama a atenção, já que o garoto tem apenas 10 anos, enquanto o vilão é um homem de meia-idade.
Além disso, é claro que a relação entre o Coringa e o Batman do futuro é bastante importante, porém, para um filme totalmente solo do Coringa, talvez não fosse exatamente necessária a aparição da família Wayne da maneira um pouco controversa mostrada na produção.
Em geral, são muito mais acertos do que erros. A surpreendente direção de Todd Phillips traz um ferrenho embate entre empatia e repulsa com o que é mostrado na telona, em uma construção memorável de um dos vilões mais importantes da cultura pop.

Ficha técnica:
Título | Joker (Original) |
---|---|
Ano produção | 2019 |
Dirigido por | Todd Phillips (I) |
Estreia |
3 de Outubro de 2019 ( Brasil )
Outras datas |
Duração | 122 minutos |
Classificação | 16 – Não recomendado para menores de 16 anos |
Gênero | |
Países de Origem |
Sinopse:
Gotham City, 1981. Em meio a uma onda de violência e a uma greve dos lixeiros que deixou a cidade imunda, o candidato Thomas Wayne (Brett Cullen) promete limpar a cidade na campanha para ser o novo prefeito. É neste cenário que Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) trabalha como palhaço para uma agência de talentos, com um agente social o acompanhando de perto, devido aos seus conhecidos problemas mentais.
Após ser demitido, Fleck reage mal à gozação de três homens de Wall Street em pleno metrô e os mata. Os assassinatos iniciam um movimento popular contra a elite de Gotham City, da qual Thomas Wayne é seu maior representante.